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Polícia investiga ação de milícia versus tráfico na chacina de SG

Rastros da chacina no dia seguinte ao crime. (Foto: via Grupo Plantão Enfoco)

De acordo com a delegada titular da Divisão de Homicídios de Niterói São Gonçalo Itaboraí e Maricá (DHNSGI), Bárbara Lomba, as mortes na chacina em São Gonçalo podem ter sido uma ação de traficantes da região que disputam território com a milícia. 

A delegada afirma que a linha de investigação ainda está aberta. 

“Trabalhamos também com a hipótese de que outros grupos interessados no domínio da região talvez estivessem simulando uma ação para que a polícia vá atrás do lado errado. Estamos trabalhando com força total nesse caso”, afirmou a delegada. 

Barbara Lomba disse também que em princípio a polícia apurou que não havia alvo definido, pois, as vítimas não têm antecedentes criminais.

“Ainda não podemos afirmar qual seria a motivação e quem seriam os autores. O que a gente pode dizer hipoteticamente é que pode ter havido uma tentativa de roubo onde algo deu errado e os atiradores abriram fogo. Em seguida, o mesmo grupo teria roubado pertences de pessoas em um outro bar e realizado disparos para o alto. Temos que confirmar mesmo se aquilo foi um roubo, ou só foi apenas uma ação para retirar a atenção da polícia e levar para outro foco”, cogitou.

A delegada afirmou também que algumas pessoas já prestaram depoimento, mas a maior parte está internada ainda. 

“Algumas vítimas liberadas já prestaram declarações e nós estamos em busca de imagens e testemunhas. No segundo local, sabemos que há testemunhas e dali será possível nós obtermos informações concretas que podem nos levar com grande chance aos autores", afirmou

A delegada, relembrou a dinâmicas do fatos e disse que os autores da chacina não fizeram questão de cobrir o rosto. 

"Os relatos principais são que um carro escuro modelo HB20 chegou no local e realizou os disparos contra pessoas que estavam em uma confraternização, no Campo da Brahma. Já na outra ocorrência em outro bar de nome Preá, eles desceram do carro e cometeram roubos. Essas duas ações nos causam estranheza pois com a experiência que nós temos de investigação, ações de roubadores não são desta maneira. Isso nos faz despertar uma atenção para um outro grupo e com outra intenção", destacou.

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